Eu vi: Depois Daquela Montanha
O titulo aqui do post fica até fazendo sentido né? “Eu vi depois daquela montanha” ? Sempre coloco esse “Eu vi” no título das resenhas de filmes que faço por aqui. Enfim, assisti ao filme Depois Daquela Montanha (The Mountain Between Us) no dia que o UCI Cinemas fez uma promoção de 20 anos deles. Quase todas as salas estavam R$5 o ingresso da meia (menos o 4D que estava R$10, uma pena que não consegui ver Titanic lá, porque seria incrível).
Fui aproveitar essa promoção para conhecer a sala De Lux que é a sala que tem mais conforto, poltronas reclináveis eletrônicas e mesas individuais pra colocar o lanche e etc. Bem confortável a sala mesmo, eu adorei! Em nenhum momento fiquei incomodada com as costas, fiquei quase que deitada assistindo. Só tinha lido apenas a sinopse do filme e fui assistir.
Sinopse: Perdidos após um trágico acidente de avião, dois estranhos precisam forjar uma conexão para sobreviver aos elementos extremos de uma remota montanha coberta de neve. Quando percebem que a ajuda não está vindo, eles embarcam em uma terrível viagem através de centenas de quilômetros de deserto, empurrando um ao outro para suportar essas condições, e uma atração inesperada surge entre eles.
O filme é uma adaptação do livro Depois Daquela Montanha do autor Charlis Martin que foi lançado ano passado, 2016. Eu fui assistir sem saber disso.
O ambiente frio e o isolamento das montanhas é um ambiente perfeito para unir dois tipos de pessoas bem diferentes. A tipica questão de “Se tivesse só você e mais uma pessoa na Terra, o que você faria?”. Quando você coloca dois atores, realmente bons nesse tipo de história e usa locações boas pra dar qualidade, tudo que falta é criar uma relação para junto com o argumento convincente para formar um filme que pelo menos reflexivo. Uma pena que, ao meu ver, essa relação não existiu.
Vou começar falando das coisas boas. Os atores são muito bons e parece que fizeram de tudo pra tirar mais do roteiro. Apesar do Ben sofrer um pouco, a Alex consegue fugir da situação de desconforto que até eu senti enquanto assistia. Principalmente quando a história tenta mostrar um racional médico neurocirurgião que não se preocupa com as banalidades humanas, enquanto a Alex se preocupa. Como jornalista, ela está mais apegada aos acontecimentos e seus transtornos, buscando sempre dramatizar cada situação. A imagem está excelente, o que aumenta o significado do ambiente para os personagens.
A filmagem e edição podem ser bem boas, mas não passa despercebido os cortes na passagem de tempo que não conseguem trazer uma clareza de tudo. Os diálogos além de clichês são as vezes sem noção e de forma inesperada. O que na verdade é um grande problema. Porque o filme tenta romantizar e deixar realista ao mesmo tempo, sem conexão entre o perigo da montanha e situações absurdas que poucas vezes é convincente. Achei o romance muita forçação de barra em todo o momento do filme. Poderiam ser bons amigos, acho que teria mais química.
Nessa mistura de sobrevivência e romance, a ideia até que é interessante. Fazer duas pessoas desconhecidas expor seus sentimentos pouco prováveis de serem demonstrados em situações comuns e rotineiras da vida. Mas sem criar uma base boa, nem mesmo usar o desconhecido conhecimento entre o casal para dar valor ao autoconhecimento dos dois não vai adiantar. O final é bom e a trilha mais ainda mas, sinceramente, o romance entre os dois não me convenceu.
Ainda bem que fui sem muitas expectativas. Porque na real achei que ficou faltando alguma coisa no filme. Os atores são muito bons e o filme tinha tudo pra ser ótimo, mas faltou algo, entendem? Uma pena mesmo. Mas agora sabendo que é uma adaptação, estou muito curiosa para ler o livro. Quero entender mais dessa história que o filme mostrou pouco.
Se estiver pensando se vai assistir ou não, só vai sem grandes expectativas. Pela produção vale a pena dar uma chance. Pode não ter sido um ótimo filme pra mim, mas pode ser pra você. 😉
E aí? Já assistiram? Estão com vontade de assistir? Comentem aqui!
Gabriela Dahmer Coitinho
novembro 17, 2017Desde que foi lançado o trailer eu tenho curiosidade em assistir, mas admito que também não sabia ser uma adaptação. Pelo trailer, achei que seria muito bom, pelos atores, o contexto e o local onde tudo acontece, mas agora fiquei com um pé atrás. Talvez eu assista quando estrear no Telecine ou HBO, ou até mesmo entrar no catálogo da Netflix.
Beijos,
Blog Gaby Dahmer ♥
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Ao todo não é um filme ruim, mas não pagaria pra assistir.
Tamara Mansur
novembro 17, 2017Oláá Thami! Tudo bem?
voltei à vida depois de ter ficado doente e estou de volta hehe
estava doida para ver esse filme, mas agora desanimei.. acho que vou esperar sair no now mesmo ou procurar ler o livro, que também queria ler faz tempo!
não conhecia essa sala, mas vi você falando dessa promoção no stories, mas não estava bem para ir… agora essa sala especial acho que eu vou é dormir! porque SEMPRE que deito para assistir a um filme, durmo hahaha então, melhor ficar longe, imagina o mico!
beeijo
https://lecaferouge.blogspot.com.br/
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Que bom que está tudo bem agora e você está de volta! Pois é, agora fiquei mais interessada no livro. Hahahaha! Então, eu pensei que ia dormir nessa sala também, mas correu tudo bem. Não passei vergonha e foi bem confortável. 😛
Váh
novembro 17, 2017Nossa que baratinho que estava o cinema heim, melhor coisa hehe!
A uns anos atrás eu consegui ver Titanic no cinema, foi demais 🙂
Eu até que curti a história do filme, acho que se eu assistir vou curtir.
Valeu a dica!
http://heyimwiththeband.blogspot.com.br/
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Meu sonho é ver Titanic no cinema, haha! 😛
Elcimar Reis
novembro 18, 2017Oie Thammy! ♥. Nossa. Primeiramente, gostaria de te dizer que estou com inveja. Porque moro em uma cidade que possui apenas um cinema, e com poltronas horríveis e sem mais opções. uahushuas, é uma morte terrível. Só de imaginar a sala De Lux, fiquei WHAAT? KERO! Mas enfim, eu tinha assistido o trailer deste filmes antes e achei super interessante. E quase a mesma coisa que ficar preso num elevador com um desconhecido! Não? Só que neste caso a morte é mais possível. Choices. Adorei.
http://www.acessopermitido.com
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Sim, é quase que ficar preso no elevador com um desconhecido sim, hahaha! Essas salas mais bem equipadas começaram a chegar a pouco tempo aqui pela minha cidade, aí tem alguns cinemas que tem. Mas por ser cidade grande, tem bastante opção de cinema, pena que o cinema do shopping aqui perto de casa é bem ruinzinho, aí pego um ônibus e vou em um que é uns 8km daqui, haha!
Jaynara Archanjo
novembro 18, 2017Queria muito que onde eu moro tivesse cinema, mas não tem. Não assisti a esse filme e nem li o livro. Tem alguns livros que viram filmes que simplesmente não rola muito. Deixam a desejar um pouco. Pelo trailer e pelas fotos que você postou, a imagem do filme é muito boa.
Acho também que se os personagens fossem só bons amigos ia ornar mais.
http://www.boas-depapo.blogsppt.com
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Sim, a imagem é ótima! Infelizmente alguns livros quando se tornam filmes não ficam muito bons. Tava tudo certo eles sendo amigos e até no final poderia fazer um conhecendo a família do outro.
Clayci
novembro 19, 2017É uma pena que o filme não esteja satisfazendo, viu?
Eu li este livro e amei tanto. Pensei que com o roteiro e a escolha dos atores ficaria TUDO perfeito, pq eles são maravilhosos. Mas vi que não é isso que aconteceu, ainda não assisti. Mas sempre que leio uma critica vejo nitidamente que faltou química entre eles =/
Thami Sgalbiero
novembro 28, 2017Nossa, agora to muito mais afim de ler esse livro. Ainda mais por você ter falado isso.
Thayse Stein
novembro 19, 2017Que pena que não é tuuuudo isso, mas se estiver passando vou dar uma chance sim, achei que os pontos positivos parecem interessantes o suficiente pra me deixar curiosa hehe 😀
❤
Beijos
Brilho de Aluguel
Thami Sgalbiero
novembro 29, 2017É, vale a pena assistir pra ver se você gosta mesmo. Eu já acho que o livro é melhor, mas só lendo pra saber.
VANESSA BRUNT
novembro 19, 2017Ai, como sou apaixonada pelas suas resenhas! Você sempre traz pitadas reflexivas e críticas diferenciadas, em meio a entrelinhas sobre as reflexões da trama. A sua sinceridade sem maquiagem é uma lindeza, Thami! E, poxa, eu iria entrar na sala de cinema repleta de expectativas sobre os diálogos e as mensagens do filme, sem dúvidas. Foi ótimo já ter a sua visão e abrir os olhos sobre. Uma pena (mesmo!) que a obra cinematográfica não tenha alcançado essas intensidades. Fiquei louca para ler o livro primeiro. Imagino que, nele, as falas sejam mais reflexivas, não é?
http://www.semquases.com
Thami Sgalbiero
novembro 29, 2017Agora tenho a certeza de que o livro é melhor. 😉