Eu vi: Me Chame Pelo Seu Nome
Finalmente consegui assistir ao filme Me Chame Pelo Seu Nome (ou Call Me By Your Name). Depois que assisti ao filme, fiquei sabendo que ele foi um filme adaptado do livro. Então, essa resenha que vocês vão ler, é apenas sobre o filme.
Sinopse: O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.
QUE. FILME. FOFO. Sério. Primeiro que eu adoro esse clichê de amor de verão, segundo que o filme me surpreendeu bastante. Pela sinopse e trailer, pensei que seria daqueles dramas romântico. Já fui assistir me preparando pra chorar de tristeza, mas acabei foi chorando de emoção mesmo. O filme tá no gênero drama e romance, mas sinceramente o drama é bem sutil e bom de assistir.
Esse é um desses filmes que começam pequenos, com pouca distribuição e se estende para os festivais, para aumentar sua visibilidade ganhando críticas. Com personagens falando em italiano, inglês e francês é projetado como um filme de narrativas clássicas e convencionais.
É a história de amor entre um adolescente de 17 anos e um jovem de 28, em uma residência localizada no norte da Itália durante as férias de verão europeias. O cenário social é o icônico anos 80 que serve como um gatilho para um tema que não foi resolvido naqueles tempos.
O sol quente do verão parece iluminar todos os sentimentos transmitidos nas ruas de paralelepípedos da Itália, já com todo um contexto que é cúmplice de um amor de verão. Normalmente um amor de verão é vivenciado apenas no verão, então tem aquela intensidade de viver o momento, o agora. Porque depois que o verão acaba, cada um segue seu caminho. Conseguiram pegar um assunto e tema clichê e transformar em algo mais real.
A chegada do Oliver na cidade é o ponto de ruptura na vida do Elio. Esse adolescente que está se descobrindo, com gosto indefinido. A presença do Oliver o fez sentir uma energia particular, que acaba sendo reciproco. Já no primeiro contato dos personagens dá pra ver a delicadeza do filme. Acima de todas as coisas sutis, sem golpes baixos, bem atendidas pela estética e com uma iluminação que é de se invejar.
Um bom trabalho em direção e ação, que formalizou o estilo do ator Timothée Chalamet para projetar seu caráter complexo como Elio. Não era apenas uma questão de colocar a pele, é a descrição de características de um adolescente que ainda não conhece seu corpo. Além disso, muitos dos melhores momentos são as experiências vividas pelo menino na privacidade solitária de seu quarto. O filme não cai em nenhum momento, não tem uma parte que seja chata, porque ao mesmo tempo que o Elio está se conhecendo, nós também vamos conhecendo ele.
Acho que era pra gente se apaixonar pelo Oliver, mas eu me apaixonei mais pelo Elio mesmo, mas não só pelo personagem e sim pelo ator. Deu pra captar tudo o que o personagem sente só pelas expressões do ator, ele soube convencer.
Armie Hammer merece destaque também, como Oliver, adulto que, em contraste com Elio, é confiante, decidido, bem definido em sua sexualidade. Especialmente na sequência climática do filme quando ele diz a Elio a frase que dá ao filme o seu título.
O relacionamento deles simplesmente acontece, mas não tão rápido como estamos acostumados a ver. A relação deles caminha lentamente. Começa com uma estranheza, vai para uma amizade e, assim acontece. Exatamente como na vida real.
A fotografia é leve. Gravado quase que todo em plano sequência, o que da a sensação da gente estar ali juro com o Elio em todos os momentos.
O filme é instantâneo, onde a realização passa de ser mais um filme, para uma peça importante dos últimos anos. Os diálogos foram bem pensados, principalmente o monólogo do pai do Elio que é mais para o final do filme.
“Nós tiramos tanto de nós mesmos para nos curarmos das coisas mais rápido… que vamos a falência aos 30 anos. E temos menos a oferecer cada vez que recomeçamos com uma nova pessoa. Mas forçar a si mesmo a não sentir nada… para não sentir nada. Que desperdício.”
E aqui vão 6 curiosidades sobre o filme:
- Para Me Chame Pelo Seu Nome, Timothée Chalamet aprendeu a falar italiano e a tocar violão para interpretar Elio.
- No livro, Elio tem 17 anos e Oliver 24. Quando o filme foi gravado, Timothée Chalamet tinha 20 anos e Armie Hammer tinha 29. O filme se passa na Itália, onde a idade de consentimento é 14 anos.
- Armie Hammer (Oliver) afirmou que os takes mais desconfortáveis foram os das cenas que envolviam dança.
- O primeiro e único ensaio que Timothée Chalamet e Armie Hammer tiveram para suas cenas românticas foi quando o diretor os chamou para trás do casarão. Ele abriu o roteiro e citou uma cena em que Elio e Oliver rolam na grama “se agarrando”. Eles começaram devagar e o diretor pediu que eles fossem mais “intensos”. Os atores seguiram com a cena e quando ninguém se pronunciou para que eles parassem eles notaram que o diretor já havia ido embora e os deixado lá se agarrando na grama. Isso fez com que eles “quebrassem o gelo” entre eles.
- Armie Hammer e Timothée Chalamet não fizeram audições pro filme. Chalamet foi escolhido em 2013 após ser apresentado a Luca Guadagnino. Anos depois, quando o diretor resolveu gravar o filme, Hammer foi escolhido após Luca se apaixonar por sua atuação em A Rede Social (2010).
- Na noite de estreia, Me Chame Pelo Seu Nome foi aplaudido de pé durante 10 minutos. Essa foi a ovação mais longa da história do Festival de Filmes de Nova York.
Fonte: Casa do Cinema
Enfim, foi um filme diferente dos que eu estou acostumada a assistir que são cheios de produções e tal. Nesse filme tem atuações naturais e um roteiro básico, apenas. É um filme que ganha pela simplicidade.
Está sendo indicado em 3 categorias do Oscar que são: Melhor Filme, Melhor Ator (Timothée Chalamet) e Melhor Roteiro Adaptado.
E aí? Já assistiu a esse filme? O que achou? Tem vontade de assistir? Comentem aqui!
Váh
fevereiro 24, 2018Vi muitas pessoas falando bem desse filme e até que fiquei curiosa pra assistir.
Gostei pelo fato de ser simples, eu gosto de filmes simples sem tanta produção e efeitos especiais e mais voltados para a vida real, filmes assim geralmente são meus preferidos.
Se der vou tentar assistir 🙂
Gostei da sua análise sobre o filme Thami.
Ah, fui ouvir a música da Larissa Manoela e a parte de perder o gosto do chiclete lembra a música da Nina mesmo haha!
http://heyimwiththeband.blogspot.com.br/
Thami Sgalbiero
fevereiro 26, 2018Então é capaz de você gostar desse, e indico também o Lady Bird. 😉 Hahahaha! Na hora que ouvi e vi a letra dessa música da Nina, lembrei logo, haha!
Laissa Lambert
fevereiro 24, 2018Eu adoro esses tipos de filme! Esse me parece ser bem legal, acho que vou gostar bastante, viu?!
http://www.boas-depapo.blogspot.com
Leslie Leite
fevereiro 24, 2018Só o nome desse filme eu já acho muito poético.
Sua resenha/crítica foi deveras intensa Thami, assim como eu acredito que seja o filme. Achei interessante que o drama captado na história seja sutil e o romance aconteça de forma mais real. Amor a primeira vista pode acontecer, porém, em filmes é algo já muito clichê.
Beijo.
Thami Sgalbiero
fevereiro 26, 2018É, mas tem certos filmes adaptados de livros que fazem o romance acontecer muito rápido. O casal antes nem se conhecia e aí de repente DO NADA aparece uma cena dos dois dormindo juntos, tipo??? Já esse da resenha, é bem sutil e acontece no tempo certo mesmo.
Emerson Garcia Affonso Vieira
fevereiro 24, 2018Eu gostei do filme. Muitos reclamaram que ele era parada e monótono, mas li que foi a intenção do diretor mesmo, que queria que a gente vivenciasse cada momento da produção. Acredito que ele não ganhe o Oscar de Melhor filme.
Bom final de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Thami Sgalbiero
fevereiro 26, 2018Essa foi a ideia do diretor mesmo. Vi resenhas de pessoas que leram o livro e elas falaram que o livro é contado pelo Elio, então o diretor quis que parecesse que estivéssemos com o Elio mesmo.
GABRIELA GUEDES
fevereiro 26, 2018eu acho…. que pode ser parado…. mas as pessoas andam muito preguiçosas! hahaha querem tudo na mão, quer que um filme seja novelinha. o que me irrita, que maioria das pessoas que falam isso pra mim, sao pessoas que só assistem filme de herói hahahahah
bjs 😉
desculpe a intromissão ahah
Anni
fevereiro 24, 2018Olá! Tudo bem??
Eu ainda não tinha ouvido falar a respeito desse filme, acredita?
Parece ser bem interessante, também pensei que puxaria bem mais pro drama.
Adorei tua indicação.
Beijos!
Dear Masen
Luana Souza
fevereiro 24, 2018Oi Thami, acredita que estou com esse filme aberto agorinha mesmo no Popcorn time só esperando dar aquela carregadinha hahaha. Estou com expectativas boas para esse filme e depois da sua resenha fiquei mais animada para assistir. Espero gostar porque o trailer é bacana 🙂
Beijos,
https://blogluanices.blogspot.com.br/
Thami Sgalbiero
fevereiro 27, 2018Aaa que legal, Luana!!! 😀 Depois me diz o que achou.
Patty Lye
fevereiro 24, 2018Que ótima dica, deve ser mesmo um charme esse filme!
bjs
Patty Lye
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GABRIELA GUEDES
fevereiro 26, 2018Oi!! Adorei sua resenha.. fui pulando algumas partes pra deixar ser surpresa hahahah vou tentar assistir hoje <3
Thami Sgalbiero
fevereiro 27, 2018Poxa, as minhas resenhas são sempre sem spoilers, Gabriela! Quando tem spoiler, eu deixo ou riscado ou com uma cor bem fraquinha. 😉
Aninha
fevereiro 28, 2018Meudeusdocéu. Estou com o livro pronto para ser começado, mas essa resenha me fez querer ver tanto o filme! Não sei se começo por um ou por outro! Aaahhh me deixou confusa!
Adorei a resenha, Thaís. E adorei chegar até seu blog. :*
Thami Sgalbiero
fevereiro 28, 2018Hahahaha! Começa pelo livro que acho ser uma melhor opção pro momento, e assiste o filme logo depois! 😉 Obrigada, Aninha! Mas meu nome é Thamiris (mas me chama de Thami mesmo), Thaís é o nome da minha irmã, hahaha!