Eu vi: Eu, Tonya
Desde quando fui fuxicar o Instagram da Margot Robbie e vi que ela estava postando algumas coisas sobre esse filme, fiquei curiosa para assistir. Confesso que tive que pesquisar sobre o que se tratava o filme Eu, Tonya. Depois que vi o trailer consegui entender melhor. Foi para os cinemas e eu esperei aquele dia bonito da promoção (normalmente segunda-feira) e fui assistir.
Se você não tem paciência pra ler post de resenha, fiz um vídeo explicando melhor meu ponto de vista sobre o filme. É só dar play:
E agora, seguindo a resenha normal, é só continuar lendo. 😉
Sinopse: Ela era a princesa do gelo que emergiu de uma infância pobre e difícil em Portland para subir ao topo do esporte da patinação artística com atletismo. Embora Tonya Harding tenha sido a primeira mulher americana a completar o Axel triplo em grandes competições, seu legado foi eternamente marcado pela infame competição com sua colega Nancy Kerrigan – e o ataque planejado pelo marido de Harding, Jeff Gillooly. “I, Tonya” é um retrato irreverente e penetrante da vida e carreira de Harding, em toda sua glória e decadência.
História forte que me lembrou muito a história de Lovelace. Duas mulheres incríveis e fortes que passaram por coisas desnecessárias na vida.
Como aconteceu em 1994, não conhecia a história e tive que dar minhas buscas no Google. ? Algumas semanas antes da seleção olímpica dos Estados Unidos, Nancy foi atacada em uma sessão de treino. Um bandido de aluguel, bateu na Nancy acima do joelho na tentativa de quebrar a perna e terminar sua carreira. O FBI logo rastreou e caiu tudo pro ex marido da Tonya e seu guarda-costas Shawn. O jornal New York Times descreveu como “um dos maiores escândalos da história esportiva americana”.
O mundo aceitou a Nancy como um anjo e a Tonya como um demônio. Mas a verdade, como acontece com a maioria das histórias que vendem tabloides, é muito mais complicada.
A mãe da Tonya é desbocada e grosseira mesmo. Se a mãe dela fosse o único problema, ela já estava patinando em desvantagem. Adicione a isso uma família quebrada (com divórcio e perturbação), falta de educação, um marido abusivo, renda de um salário mínimo e a atitude desafiadora que vai crescendo no lado errado.
O que é mais difícil é assistir como tudo isso pune a Tonya por sua distinção. Faltando roupas bonitas pra se apresentar e comportamento de princesa que suas concorrentes tem, suas pontuações ficam atrás das outras atletas. Chega um ponto, depois de ter uma excelente apresentação e ganhar poucos pontos, ela confronta os juízes e eles respondem “Nós também julgamos na apresentação.” e com isso podemos ver que os jurados não julgam pelo talento. A ética dos jurados se assemelha aos jurados do Miss Universo, sabe?
A temática é pesada, contada com um humor bem ácido. Fiquei muito desconfortável e triste com algumas cenas, principalmente as do relacionamento abusivo que ela tinha com o marido, Jeff. Saber que aquilo aconteceu de verdade é bem angustiante.
Começa com situações que a gente vai achando engraçadinho, até que de repente mostra a real situação. A parte cômica acaba empurrando o público para as partes importantes que merecem a atenção. Faz a gente ser o expectador daquele momento, que era a forma como todo mundo via. Olhavam a tragédia acontecendo e riam disso tudo, e isso ainda acontece né? Ninguém quer saber o motivo, ninguém procura saber.
Filmagem e fotografias boas. Em algumas cenas tem aquela corrida com a câmera que faz parecer que estamos ali junto da cena, confesso que isso me deixa meio tonta. Mas as cenas em que ela está na patinação, ficaram incríveis e bem bonitas mesmo.
Em diversas partes tem a quebra da quarta parede, mas não é explorado em excesso, então fica bem interessante.
O filme foi indicado para três Oscars esse ano. Não se esforça para dizer a verdade tanto quanto explorar diferentes verdades. Tonya não é mostrada como a perfeitinha, ela é mostrada da forma real, arrogante e egocêntrica, mas ela tem carisma. Então, de toda forma a gente torce por ela durante o filme.
Margot Robbie ficou incrível no papel! Pode não ser parecida totalmente com a Tonya mas todas as expressões, maquiagens, gestos e danças, de fato entrou na história real. Ela teve presença. Dava pra ver toda a raiva da personagem por baixo da maquiagem e lantejoilas das roupas. Acho que é uma forte concorrente como Melhor Atriz.
Outra que se destacou na atuação foi a atriz Allison Janney (LaVona Golden, a mãe da Tonya). Fez um papel odiosamente perfeito que é difícil de explicar. Só assistindo ao filme pra saber do que eu estou falando. Ela está concorrendo como Melhor Atriz Coadjuvante.
O filme tem bastante semelhança com a história original e eu achei esse post aqui da Veja que é bem interessante. Parece que cada detalhe foi pensado. Desde as roupas até as expressões, gestos e forma de falar.
Comparação
Digo isso porque no final do filme mostra o real documentário gravado com as pessoas reais de toda a história.
Não vi muita repercussão do filme em relação ao Oscar. Continuo na torcida aqui para que levem pelo menos um.
E aí? Já assistiu a esse filme? O que achou? Tem vontade de assistir? Comentem aqui!
Priscilla
março 2, 2018Oi Thami!
Não sabia sobre esse filme, e olha, já me conquistou. O mundo dos patinadores profissionais sempre me fascinou, ansiosa para conferir 🙂
Beijos!
Lívia Madeira
março 2, 2018eu to fazendo uma super maratona oscar e com certeza entre hj e amanha vou ver esse sim, essas atrizes sao mt boas!
http://www.tofucolorido.com.br
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Emerson Garcia Affonso Vieira
março 2, 2018Depois dessa sua resenha quero muito ver o filme.
Bom final de semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Laura
março 2, 2018Eu não conhecia o filme, mas parece ser bastante interessante. Estou ansiosa para ter a chance de assistir e me apaixonar pela Tonya, assim como você se apaixonou. Ela parece ser uma personagem incrível e já que envolve isso de patinação, tenho certeza que irei me apaixonar mais ainda!
https://elasdizem-blog.blogspot.com
Gabriela Farias Soares
março 2, 2018Morta porque eu jurava que era a Emma Stone no papel de Tonya (??????), sério. Mas mesmo descobrindo que é a Margot, fiquei mais curiosa ainda pra assistir porque só conheço o trabalho dela em Esquadrão Suicida, sabe? Também não conhecia a história da atleta e achei mega interessante, vou ver se assisto assim que puder!
Um beijão,
Gabs | likegabs.blogspot.com ❥
Thami Sgalbiero
março 8, 2018QUE? Emma Stone não tem nada haver com a Tonya real, hahahaha! Acho que você confundiu com La La Land. 😛 Nesse filme ela pôde mostrar bem mais a atuação, eu gostei bastante.
Pathy Guarnieri
março 2, 2018Thami, tenho visto muita crítica positiva sobre o filme, mas ainda não assisti. Depois de ler a sua resenha, fiquei mais curiosa ainda!
Beijo!
Cores do Vício
Marcela Miranda
março 2, 2018Thami, hoje mesmo fiquei sabendo a história do filme e não vejo a hora de assistir, acho um tema bacana e como é fatos reais também entro na torcida pra que levam pelo menos um prêmio.
Um beijo!
https://lesjoursdemarcela.blogspot.com.br/
Caroline Waschburger
março 3, 2018Oi, Thami! Primeiramente, amei seu vídeo. E segundamente, fiquei com muiiita vontade de ver esse filme! Hahah
Beijo!
http://www.controversos.com
Bruna Maria
março 3, 2018Adorei a dica, vou procurar assistir *-*
os relatos de uma jornalista
Elcimar Reis
março 3, 2018Oie Thami. Você sempre indica filmes boas. Ainda não tinha lido nada sobre este, mas hadorei!
http://www.acessopermitido.com
Tamara Mansur
março 3, 2018Olá Thami! Tudo bem?
Adoro as suas resenhas de filme, sempre fico querendo assistir! E esse já estava na minha listinha há tempos.. Não sabia tantos detalhes como os que você contou, só sabia que levava para alguma história de assassinato.. poxa, deve ser uma história bem forte com tantas coisas assim de relacionamento abusivo! já fiquei com pena dela só vendo o que falou..
beeijo
https://lecaferouge.blogspot.com.br/
Thami Sgalbiero
março 8, 2018Pois é, no filme você fica com mais dó ainda dela. 🙁 Mas é bom que todo mundo veja como acontece né?
Sté Maciel
março 4, 2018Nunca tinha ouvido falar desse filme, Thami! Muito interessante!
mariasabetudo ❥
Laissa Lambert
março 4, 2018Não conhecia o filme antes, mas gostei bastante pela resenha! Parece ser muito legal mesmo!!!
http://www.boas-depapo.blogspot.com
Franci
março 4, 2018Eu gostei bastante do filme, mas não sei não se vai de fato levar algum oscar. A forma da água tem se mostrado o queridinho e depois tem durkink, que eu não curti muito, mas filme de guerra também tem sido há muito tempo os preferidos. Bem, adorei seu post, conseguiste passar bem ao leitor a ideia de como o filme acontece! Grande beijo, Fran.
http://www.delirioscotidianos.com
Thami Sgalbiero
março 9, 2018Ainda não vi A Forma da Água, to muito curiosa pra ver. Verdade, os filmes de guerra sempre são os preferidos né? Ano passado, com La La Land, até mudou um pouco esse caminho. Vamos ver a partir de agora…
Kaka Farias
março 11, 2018Esse filme é uma sequencia de socos no estômago. A mãe de Tonya é horrível, e é muito angustiante ver que sua percepção de vida, sua visão sobre si mesma, e as escolhas que ela toma tem influência direta na criação que ela recebeu. Margot foi incrível, mas a atriz de Três Anúncios para um Crime também merecia o Oscar. O páreo era duro. Gostei bastante do filme.
Thami Sgalbiero
março 14, 2018Sim, total influência da forma como ela cresceu e o pai que sumiu né? Também gostei bastante do filme Três Anúncios Para Um Crime e a atriz Frances McDormand mereceu mesmo. É que não deu tempo deu trazer a resenha aqui pro blog antes do Oscar, mas vou trazer de toda forma, porque é um filme bom pra indicar.
Mel
março 28, 2018Não vi o filme (tenho de o ver) mas conheço a história e, pelo que li, a Tonya não teve qualquer envolvimento com o que se passou com a Nancy. A culpabilização que lhe fizeram foi completamente estúpida: ela foi uma patinadora incrível e isso deixou de importar por algo que ela não cometeu.
Thami Sgalbiero
abril 2, 2018Sim, é exatamente isso que é mostrado no filme. 🙁